CONCURSO DE POESIA
23 Poemas de 11 Alunos
da Escola Secundária de
Domingos Sequeira
POEMA VENCEDOR
João Vinagre, 12G
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Sala
atlântica
Oito cadeiras de veludo
Uma mesa de carvalho, oval
Polida e envernizada
Quatro homens de fato e mala
Imagino assim atlântica sala
O fundo, o meio, o raso e o aéreo
Empresários desempregados
Faziam da sala um ninho
Onde dormiam engravatados
O fundo era cego, e bipolar
Tanto brasa tanto gelo
Tanto berrava tanto calava
Era incerto e amedrontado
O meio era o mais novo
Irrelevante aos outros
Revoltado e inseguro
Um dia pegou na corda e disse
“Onde é que a penduro?”
O raso era calmo e confiante
Tão maduro e experiente
Tão falso a si próprio
A sua face sempre sorria
Ao som da maresia
O aéreo era distante
Com a cabeça nas nuvens
Com uma ideia revoltante
E para os outros, irritante
A sala não passa de uma especulação
Criada em minha mente, vinda do coração
Por ela sonhei toda a vida, cresci
Amadureci, e hoje os frutos colhi
Nunca existiu além de mim
O fundo é a minha depressão
O meio, o meu lado suicida
O raso a minha aparência
O aéreo a minha consciência
SEGUNDO PRÉMIO (ex aequo)
Simão Gaspar Ferreira, 12G
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O que é a
poesia
O que é a poesia
Senão sentimento?
Que o diga o Mestre,
Caeiro de nome,
Pessoa como os outros.
De estudos,
Apenas a 4ª classe.
Só resta, então, o sentimento,
Ingrediente da vida e da poesia.
Fortes ou fracos, depende do Pessoa,
Moderados para Reis,
Impulsivos para Campos.
E no fim de tanto sentimento,
De tanto Pessoa.
Este sentimento não é real,
E o poeta,
Esse, “é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
SEGUNDO PRÉMIO (ex aequo)
Elliot, 11J
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I used to talk to the moon
I used to talk to the moon.
She wasn't much of a talker,
but she would listen to me
and sometimes she would make me laugh and smile
when i was feeling down.
It's curious,
even when everyone left me, she didn't.
She would stay there every night,
waiting for me to talk to her.
During the day she was gone.
I used to feel afraid.
I couldn't see her,
I couldn't talk to her,
I couldn't listen to her symphony
and everything around me was dark.
I had no light to show me the way.
I was terrified.
But one night I asked her:
- My dearest love, my Moon,
why do u leave me when there are people around?
Why do you vanish when the sun shows up?
She looked me in the eyes and said:
- My little one, I'm always here.
When the night falls there's silence;
the birds rest, the water cools down
and your mind is the only thing keeping you awake.
When the night falls,
I make sure to look after you while you sleep.
When the night falls
and you’re alone,
I'm there to make you company.
Even though you can't see me during the day,
I'm always watching you.
I've never heard her speak,
her voice was so calming and comfortable.
My mind rested and my heart was touched.
My eyes were full of tiny particles of water
and my face was slightly red.
I felt relieved.
I felt safe.
I had fallen in love with the Moon.
I never thought I would feel so loved like I felt at
that moment.
I looked up and saw her smiling to me.
I started crying,
but it wasn't a cry of sadness,
it was a cry of joy, happiness, and pure love.
I couldn't contain myself so I asked:
- Moon, will you sing to me until i fall asleep?
She shined.
She was so bright that everything around me was as
clear as my love for her.
I turned around
and as I was about to fall asleep,
she hugged me
and ended her symphony softly
with a kiss on my forehead.
Since then,
I leave my window open every night.
Her light comforts me
and I know that I'm not alone.
I still talk to her
and she still sings her beautiful and lovely
symphony
before i go to sleep.
It's been years since I first heard her speak,
but I can assure you
that it was the most gorgeous voice I have ever heard.
My love for her will never end,
as well as my desire to watch her every night
before I go to sleep.
SEGUNDO PRÉMIO (ex aequo)
Afonso Vicente, 12A
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(In)existir
No início do meu sonho
Ouvia os pássaros a chilrear,
Via o mundo por uma lente pura,
Cristalina como a água
Da nascente do rio.
Pouco a pouco,
A lente começou a desfocar
A mostrar a inveja do mundo,
A vergonha, tudo começa
A ficar turvo (que pesadelo!).
Porém havia também acabado
De descobrir a verdadeira pureza,
Um abraço, um beijo,
O verdadeiro amor,
Aquele com quem desejarei
Um dia partilhar um sonho.
Mas a uma certa altura,
Tudo fica de tal forma turvo,
Desfocado, que, eventualmente,
O meu sonho aparentemente
Inacabável termina,
E acordo.
Desde início sabia que seria assim,
Um sonho não dura para sempre,
E tudo o que começa,
Tem que acabar.
Não me arrependo.
A vida não é mais do que um sonho,
De qualquer forma.
TERCEIRO PRÉMIO (ex aequo)
Sara Sequeira, 11J
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Sentimentos desperdiçados
São momentos imensos os que partilhamos
Olhares trocados a quem ninguém contamos
Fantasias secretas em que nos abraçamos
Mas no final nem tu nem eu tentamos
Tantos sentimentos desperdiçados
Dois corações despedaçados
Mesmo com os nossos desejos entrelaçados
No final somos dois fracassados
Já não importa se sentes o mesmo
Já não importa se tens tempo
Afinal, o que temos os dois é medo
Gostava que fosse diferente
Gostava que um de nós fosse valente
Ao que parece não fui o suficiente
TERCEIRO PRÉMIO (ex aequo)
Simão Gaspar Ferreira, 12G
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Rima inútil
Para que serve a rima?
Se vier, veio,
Falta não fará, se não vier.
Porque sem a rima
Pode uma pessoa viver.
Não é preciso rimar para ser poeta.
Basta pensar munido de uma caneta.
Basta ouvir o coração,
Sentir nele uma emoção
Suficientemente grande para inspirar
Um simples jovem a criar
Uma obra como esta,
Sem “dois dedos de testa”.
TERCEIRO PRÉMIO (ex aequo)
João Vinagre, 12G
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Tarja preta
Esta garra teve um início
E um fim sempre presente
A tarja suportava aquilo que sou
Em meio a cores e armas
Aquela foto no escuro
Mostra a raiva em meus olhos
Mostra que o sangue escorre
Em mim apenas porque quero
Ainda hoje me sento e espero
Pela cor que o dinheiro simboliza
Esperando a esperança e o esperado
Acabo por chorar magoado
Iluminado, não eu, ele
Pela falsa esfera cor primária
Ganhou nome no globo
E pobreza em troca de fama
Eu permaneço num dos castelos
Imitando ser aquilo que já fui
Chorando nunca voltar a sê-lo
Matando a criatividade como minha
inimiga
De rastos ando por casa
Bato com o dedo numa das quinas
Lembro-me do mar e das nuvens da
monarquia
Lembro-me que foi apenas um retângulo
Retirar a ampliação é aterrar em solidão
É deixar morrer o patriotismo
É aceitar o fim desde o início
Sou apenas uma tarja em luto
TERCEIRO PRÉMIO (ex aequo)
Catarina Gomes, 12E
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Por ti
Para mim era arte
da mais linda,
agora és morte
como a bebida
Estou perdida,
Sem tua luz que me
ilumina.
Onde agora a dor
domina
No lugar onde o amor
dormia
Por ti floria o
meu jardim, que
sem ti, já não germina
Quando te via, sorria,
e ouvia uma melodia,
que no coração ficaria,
se não tivesses levado o amor que crescia
Correria por ti até ao fim
mas não consigo assim,
porque te afastas de mim
MENÇÃO HONROSA
Juliana Ferreira Lopes, 10J
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Flores
Encontrei-te
no meu jardim,
tão
pequena em rebento,
cuidei de
ti mais que as outras
e não me
sinto culpado.
Continuar-te-ia
se me permitisses,
mas foste-te
embora,
desabrochaste
pois já tinhas
outro
rebento a nascer.
Mesmo
vindo de ti não sei se amaria outra vez,
não eras
tu,
e queria
que fosses tu,
pois eras
tu quem eu queria.
Cuidei
então da tua “outra versão”
esperançoso
por algum motivo.
Esperança
que ainda fosses tu,
era óbvio
que não eras.
Mas seria
eu o problema de não te aceitar mais?
Culpei-me
pois prometi amar-te,
fosse o
que fosse,
queria-te
amar.
Mas não
eras tu.
Avisaram-me
que não eras tu,
menti a
mim mesmo que eras tu.
No final,
era só mais uma das tuas mentiras.
Bonitas
mentiras.
As tuas
bonitas mentiras,
às quais
as pétalas taparam,
mas quem
as terá posto lá?
Abandonaste-me.
Disseste-me
que não.
Foi a
primeira verdade que me disseste,
tinhas
morrido, não abandonado.
No local
onde uma vez
encontrará
um furo nas tuas pétalas,
prometi a
ti e a mim
que não
faria diferença,
que
continuavas a ser a minha flor.
Quando
secaste e voltares em nova,
uma
mancha onde encontrava o furo antes.
E então
voltei a mentir.
A mentir
a mim mesmo,
que eras
tu.
A minha
flor.
Como
queria que fosses.
E como
todos disseram,
já não
eras.
Nem minha
nem de ninguém,
e mesmo
frustrado
Não te
culpo,
pois és
como és,
apenas
desapontado,
porque no
final eras como outra flor qualquer.
MENÇÃO HONROSA
Beatriz Pequicho, 10J
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Amor platónico
Ele é tudo,
Uma arte que brilha,
Grito de felicidade quando o vejo,
Admiro-o de longe,
Fico orgulhosa e feliz pelo seu sucesso,
Observo-o sempre com os meus olhos brilhantes,
Sempre que o olho, apaixono-me ainda mais,
Estou sempre a olhar para fotos dele,
Quero tocá-lo,
Mesmo que isso me custe a minha vida,
Quero abraçá-lo,
Mesmo que seja a última vez que o faça,
Quero olhar-lhe nos olhos,
E dizer-lhe,
Amo-te, admiro-te,
Faço tudo o que for preciso para te ter para mim,
Mesmo que isso pareça um pouco obsessivo,
É verdade, amo-te mais que tudo,
E sabes o que isto parece?
Um amor platónico…
MENÇÃO HONROSA
João Vinagre, 12G
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Enólogo
Venha o verde, o tinto, o rosé venha o
branco
Venha mais vinho para eu saber
Qual deles o mais brando
Qual deles vou eu escolher
Venha o verde, fico em pé
Toques de jasmim, sabor tão forte
Que maravilha, neste eu tenho fé
Venha mais vinho, que estou tão longe da
morte!
Venha o tinto, fico sentado
Sabe a frutas, florais e herbais
Lá no fundo um toque aveludado
Venha o vinho que eu quero mais
Venha o rosé, fico deitado
É tão amargo e perspicaz
De tanto beber estou magoado
Olhem o que o vinho faz!
Venha o branco, que já canto
Já sou francês, já sou franco
Suíço, o canivete ao som do martelar
Como é bom me embebedar
Antonio Seng, 11J
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Companhia
Hoje passei
pelo mesmo parque onde sempre passo
mas hoje
desfrutei da minha própria companhia
Sempre passo
pelo mesmo parque,
estou lá e só
caminho, respiro e observo quem faz exercício
Os phones
com música para fazer de conta
que mesmo
sozinho sou uma pessoa de confiança e interessante
Mas por muito
que queira ocultar, as inseguranças denunciam o farsante
e hoje... bom,
hoje tirei os meus phones,
parecia
diferente o parque,
hoje passei
pelo parque onde sempre passo,
hoje
desfrutei da minha própria companhia
MENÇÃO HONROSA
Afonso Leal, 12B
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Arde
Que arde este fogo em mim
Fogo que hás plantado
No momento em que eu te vi
Que arde o meu coração
Essa tua beleza me transtorna...
Transporta-la em ti tão suavemente
Um deslumbre de uma deusa Norna
Arde este inferno meu,
De não poder estar aí...
De mãos bem enlaçadas...
De meus lábios presos aos teus...
MENÇÃO HONROSA
Simão Gaspar Ferreira, 12G
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Vejo o céu pintado de luto
Vejo o céu pintado de luto
Luto de quem?
De alguém…
De um “Zé ninguém”...
Tens a certeza?
Tenho, morreu de tristeza
Mas Zé ninguém como?
Zé ninguém,
Que de estrela, pequeno grão,
Morreu porque lhe disseram não.
Mas bem sabia ele a resposta que ouviria.
Bem no fundo, lá o sabia.
Não quis acreditar.
Preferiu ter a certeza,
Ter mais um motivo para chorar.
Para quê chorar?
É masoquista?
Segundo ele,
É da lágrima mais pura,
Que, por vezes, vem a cura.
De uma lágrima de tristeza,
Nascida da dor nua e crua.
Pois para se viver inteiramente,
É preciso ser-se triste,
Deixar-se despedaçar,
Ir ao inferno e voltar.
MENÇÃO HONROSA
Antonio Seng, 11J
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Elisa
I
- É o que estava lhe a dizer, Mr. Richard.
Esta temporada trouxe-lhe bons produtos,
né.
- Os preços são os que estão na
chaminé,
mas pronto, já sei o que quero comprar.
- A que mais desejar, é só escolher.
- Esta, esta é a melhor para se comer.
- Então que seja, Mr. Richard.
(apalpa-a, cheira-a, uma lembrança
inolvidável lhe crava)
- Acostuma-te a ser tratada assim, minha
escrava…
- Sim, Mr. Richard.
II
- Alex, Stuart, (assobia) venham cá,
tenho hoje um jantar especial.
E tu, tu, minha escrava, és o prato
principal.
- Para mim, liberdade será
e não tenho dúvida que você algum dia
pagará.
- Silêncio! (dizia, enquanto pegava na
face da escrava deformada)
- Faça o que quiser, mas à minha filha,
não lhe faça nada!
- Depois de três anos não sabes a tua
posição, só te ouço pedir favores em lugar de socorros.
Em três anos serviste os meus prazeres,
agora és só comida para os meus cachorros.
- Não espere muito tempo, Mr. Richard,
justiça será ditada.
III
- Quanto queres? Quanto??? Dar-te-ei o
que queiras!!
- Hoje estou generosa, posso perdoar a
tua vida se disseres o nome dela.
- Alex, Stuart, (assobia, mas ninguém
responde)
- Assobia agora! Assobia! Os teus
cachorros morreram de todas as maneiras
As suas peles são boas, quando as
destilar vou vendê-las numa feira
(Apalpa, cheira, um ferro quente nas
costas lhe crava)
(Ele grita, chora, entre desespero e
lágrimas diz um nome): Melisa!!
(Ela finge-se surpreendida, finge que
medita, mas crava de novo o ferro quente naquelas costas que a sua mãe lavava)
- Não mais, já não consigo mais...
(depois de outros repugnantes lamentos, ele desmaia)
(Deixa ali o corpo, para continuar mais
tarde, a líder da sublevação de escravos)
Ela chora, mas diz antes de sair pela
porta quebrada: O seu nome era Elisa.
Carolina Sousa, 11C
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A razão da minha felicidade
Meus dias estavam cinzentos
Vazia e sem ânimo
A sentir um misto de sentimentos
Todos ao mesmo tempo
Mas então tu apareceste
Trouxeste a minha luz de volta
Fizeste-me sentir alegria de novo
E sou-te muito grata por isso
És o motivo do meu sorriso
A razão das minhas gargalhadas
Ao teu lado sinto-me feliz
Sinto-me finalmente amada
Contigo consigo ver o impacto
Das coisas simples da vida
Um abraço, um sorriso, uma brincadeira animada,
No fim isso me faz sorrir
Isso me faz ver que não é preciso muita coisa
Apenas alguém que nos faça bem
Que nos faça companhia
E preencha os vazios do nosso coração
Nos teus olhos vejo
O carinho que tens por mim
Tu me salvaste e eu te salvei
Vamos crescer assim
Eu vou ter contigo
Tu vens ter comigo
Esta mutualidade é um pouco estranha diria
Mas ao fim do dia
Não há nada melhor que a tua companhia
MENÇÃO HONROSA
Sara Sequeira, 11J
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Be strong
All they say is “Be strong.”
Be strong for your sister.
Be strong for your mother.
Why can’t I be strong for me?
Be strong
so I don’t fall apart
Be strong
so it doesn’t become real
‘Cause this pain in my chest
And this hole in my soul
Keep me from being the best
Keep me from being me
All I want is to have you back
All I want is to turn back time
All I want is to be in your arms
All I want is to feel peace
All I want
is to feel your love
All I want
is to be your little girl tonight
The little girl you protect
The little girl you cherish
The little girl who loves you
The little girl who you loved very, very much
MENÇÃO HONROSA
Sara Sequeira, 11J
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You got drunk
You got drunk and said “I’m sorry.”
All I said back was “Next time don’t call me.”
You then told the whole world
And they all rang up my phone
Everyone got ignored
And you showed up at my door
As expected, you were still drunk
And I had to take you home
Why would you do this?
What was your motive?
Were you really that desperate?
Have you forgotten the promise you made me?
I’m sorry to admit
It's been hard to forgive
I don’t know if can do it
I think I’m starting to detach
MENÇÃO HONROSA
Antonio Seng, 11J
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Comida em família
- Mãe! Já está pronto o jantar?
- E o teu
irmão, Luís?
- Foi
procurar a Tatá.
- Luís, meu
filho, a tua irmã já está cá,
se não vens,
a comida vai arrefecer.
- Já vou,
mãe, já vou comer.
- Mas e a
Tatá? Não está aqui. Onde está?
- Está à tua
frente, não a estás a reconhecer?
- Mãe...?
Estás bem?
- Claro, vou
comer a minha filha.
Carolina Sousa, 11C
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Amor, simples ou complicado
Amor
Uma coisa tão simples
E ao mesmo tempo tão complicada
Por vezes nem sabemos o que é
Mas lutamos e fazemos sacrifícios
Outras vezes nem vale a pena
E nem chegamos a tentar para que dê certo
Por vezes o amor consegue nos cegar
E deixamo-nos levar pela sensação
Sensação de conforto e bem estar
E embora isso podendo ser bom como mau
Há pessoas dispostas a lutar pelo amor
Mau porque se esse amor se romper
Irá quebrar os corações em simultâneo
E fazer com que as pessoas
Que um dia disseram que o amor é eterno
Desacreditam da existência do amor verdadeiro
Mas bom pois a conexão inicial
Irá permanecer por bastante tempo
Permitindo assim que ambos cresçam
E se tornem a sua melhor versão
Alguns pensam que amar é fácil
E realmente é
Mas manter o amor aceso e vivo
É o maior desafio quando se trata de amar alguém
Para uns o amor está morto
Enquanto que outros pensam que existe
Em algum lugar
Alguém que aceite as nossas imperfeições
E que nos ame até ao nosso último suspiro
MENÇÃO HONROSA
Carolina Sousa, 11C
Estar sozinha ou sentir-se sozinha?
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No meu quarto estou
Sozinha como sempre
Gosto de estar sozinha
Mas odeio sentir-me só
Adoro estar sozinha
Gosto da minha companhia
Pena é que ninguém
Consegue viver sozinho e ser feliz sempre
Por vezes parece que falta algo
Talvez alguém
Talvez uma presença
Uma companhia
Por vezes a solidão
Consegue nos consumir
E nos tirar toda a alegria
Que tínhamos ao estar sozinhos
Estar sozinho não é mau
Apenas nos ensina a amar
A nossa própria companhia
E a viver sem depender de alguém ao nosso lado
Triste é que quando alguém
Aprende a viver sozinho
Geralmente não há nada
Que faça a pessoa não gostar da própria companhia
Ao amar a própria companhia
Um dos maiores desafios em seguida
É sairmos da nossa bolha,
Do sítio onde nos sentimos bem
MENÇÃO HONROSA
Catarina Gomes, 12E
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O adeus
E no final foste o que
prometeste nunca ser.
Foste-te embora como a velocidade
de um relâmpago, que nem me deste
oportunidade de dizer o que sentia
ou de fazer o que queria.
Foste sem dizer adeus e só
posso pedir a Deus que
voltes, para não ter de sentir
a tua falta, para não ter de sentir
a dor que o teu adeus deixou.
E com ele aprendi que
promessas são só palavras
vazias de alguém que quer
tudo e nada tem.
E as tuas promessas foram
apenas isso, palavras vazias
que ecoam na minha cabeça
e morrem no meu coração.
MENÇÃO HONROSA
Catarina Gomes, 12E
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Eras tu
E eras só tu quem eu queria,
só o teu toque, só a tua carícia
não queria ficar sem ti
mas me deparei com o fim
Passo pelo jardim e
Vejo-te a ti, olho
para o meu quarto com amargo,
pois tu estás nele.
Penso em ti, penso no anel
que era meu e agora é teu.
O meu coração tremeu quando te vi,
pois lembrei-me do que perdi
Tenho medo de viver sem ti
porque não sei o que é de mim
Tenho medo de não poder amar
e dói só de pensar, queria
Apenas voltar a ser o teu lar.