Fugia.
De pedra em
pedra saltava,
Atravessando
o abismo interminável
Que não tinha
fim,
E a lado
nenhum chegava.
Temia.
O avistamento
de terra ansiava
Mas apenas
apareciam ilhas flutuantes
Que só
pareciam flutuar.
Seria desta
que escorregava?
Não entendia.
Desde que se
lembrava que escapava.
Olhou para a
frente
e viu a vida
que não queria viver.
Porque é que
o pesadelo não acabava?
Não sentia.
Olhou para
trás e não viu nada.
Fugia do
passado
Mas o passado
ficou no passado.
E percebeu
que já não doía.
Parou então.
A ilha que o
apoiava deixou de apoiar.
Mas não caiu
no abismo
Porque
percebeu que tinha asas.
E podia voar.
Francisco
Sousa, 12A
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