segunda-feira, 23 de junho de 2014

ETERNAS PÉTALAS - Viviane Ferreira - 12I

No jardim da minha vida. Intactas.
Seu olor, sua leveza, seu toque, meu deleito.
Por entre a fissura da memória espreito.
Não desvanecera com o passar do momento.
Permanece até hoje do que fora feito, inteira.
Seu efeito, eterno sentimento…
Pétalas brancas e rosadas
espalhadas sobre os arbustos e terra.
Encobrem meu mundo
de paz, tranquilidade e sossego,
amando isto tudo
respeitando, abraçando meu medo.
Pétalas na minha vida amadas
por um jardim que desespera…
Que a rosa vermelha impele meu contento,
chamando meu ser.
Parei. Apreciei aquele momento,
e vi tudo no seu ter.
Suas encarnadas pétalas de vida
escurecem no seu interior mais profundo.
Sangue escorrido que ninguém vira, nem sentira.
Na calada, tudo.
Pétalas que dançam e florescem,
ao som dos ventos crescem,
tornando-se tudo ao mundo
que pouco ou nada lhe deu.

Aguçados espinhos cobrem seu corpo
até ao solo mais firme do jardim.
Fortes, compõem a rosa até ao fim.
Variados tamanhos quanto à dor que cada exprime,
surgem e protegem depois de afligida,
demonstrando seus medos, suas angústias, sua vida vivida.
Por baixo, na escuridão, mais escuro que a sombra,
estão suas raízes, grossas, consistentes, firmes!
Ela não vai sair deste mundo.
Ela não vai sair daqui.
Sei que está, ficará, faz parte,
pertence aqui, a mim,
a quem sou,
a tudo!
E por um novo prolongado suspiro
esqueci meus espinhos e receios.
Abri meus braços de vida novamente.
Dei a minha melhor cor, o meu melhor cheiro,
(ao) meu amor, meu inteiro coração.




VIVIANE JORGE MOTA FERREIRA, 12ºI

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