Quem sou eu?
Onde estou?
Pergunto todos os dias
O que o vento me levou.
A resposta é incerta,
Mas sempre igual:
Sou simplesmente
Uma criatura banal.
Não tenho morada,
Pelo menos aparente,
Mas isso não interessa,
Eu sou independente.
O vento, aquele malvado,
Apenas com um sopro
Arranca do meu peito
Todo o meu passado.
Memórias e lembranças
De uma vida infeliz,
Que agora acabam
Vagueando por aí.
Porém, a chuva veio
E o vento acalmou,
Arrastando a memória vagabunda
Que o vento me roubou.
Depois de algum esforço,
Lá a consegui apanhar,
Mas constatei com tristeza
Que a tinha que limpar.
Demorei algum tempo
A reconstruir o meu passado,
Só depois descobri
Que te tinha amado.
Amor como aquele
Não era normal.
Vivíamos obcecados,
O que se tornou fatal.
Ao longo dos anos,
Tudo foi mudando,
Devido a grandes incertezas
Ficaste fora dos meus planos.
Agora sim,
Já sei quem sou:
Sou uma criatura
Que te amou.
BEATRIZ
ROLO DA CRUZ, 11ºH
Sem comentários:
Enviar um comentário